quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Discurso de Nelson Mandela


No nosso último encontro, sobre integridade, que foi também um encerramento da jornada deste ano, com muitas trocas e conversas, nós compartilhamos um texto muito inspirador de Nelson Mandela:

"Nosso medo mais profundo não é o de que sejamos incapazes. Nosso medo mais profundo é o de que sejamos poderosos além da conta. É a nossa luz, não as nossas trevas, o que mais nos apavora. Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser Brilhante, Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso? Na realidade, quem é você para não ser tudo isso? Você é filho de Deus. Se fazer pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de iluminado em se encolher, para que os outros não se sintam inseguros ao seu lado. Nascemos para brilhar como as crianças o fazem. Nascemos todos para manifestar a glória do universo que está dentro de nós. Não está apenas em alguns de nós: mas em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, liberta os outros."  (Nelson Mandela - discurso de posse da presidência da África do Sul, 1994)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Metade de mim é amor...E a outra metade também

Enquanto não postamos o nosso último encontro, que aconteceu no dia 24 de novembro e que teve como tema a Integridade, vamos deixar aqui a letra de Metade, de Oswaldo Montegro, que a Márcia e a Joseane nos apresentaram no final do último encontro. É linda! Confiram!

Metade - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio


Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Torta de brócolis da Madá!

A pedidos, e com algum atraso (!), vamos publicar a receita da Torta de Brócolis da Madá, que foi servida no primeiro encontro deste ano do grupo de aprofundamento do Líderes do Coração.


Madá é Madalena, cozinheira querida e de mão cheia, que sabe preparar diversos pratos lacto-vegetarianos. O lacto-vegetarianismo é baseado em vegetais, leite e derivados; este tipo de dieta exclui o consumo de quaisquer tipos de carne e de ovos.

Assim, a torta que vamos ensinar não leva ovo na sua receita. Confiram!

Ingredientes para a massa:

- 500 gramas de farinha de trigo
- 1/2 tablete de manteiga com sal
- Sal
- Água gelada para fazer a massa podre. Não tem uma quantidade determinada, é meio a olho; vá adicionando até sua massa ficar bem mole.

Ingredientes para o recheio:
- 2 cabeças de brócolis japonês refogadas
- 2 copos de requeijão

Observação: Dá para inventar diversos recheios! Uma outra sugestão da Madá é picar palmitos e misturar com requeijão.

Modo de fazer:

- Pegue o brócolis refogado e temperado, adicione o requeikão e reserve.
- Coloque metade da massa da torta no fundo de um pirex de vidro untado. Adicione o recheio por cima. E finalize com mais uma camada de massa (a metade que sobrou).
- Leve ao forno.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dinâmica Repensar Soluções

Esta dinâmica foi ensinada no encontro que trabalhou o empreendedorismo, e nos ajudou bastante a ampliar a percepção e a soltar a criatividade, antes de começar a empreender nossos projetos.

Descrição:

Organize o grupo em um círculo. Introduza na roda um objeto qualquer - uma caneta, um sapato - e explique que cada pessoa terá que propor um novo uso para aquele objeto. É importante esclarecer que esta dinâmica é diferente daquela "Esta garrafa não é uma garrafa", que aprendemos no Líderes de 2010, na qual um objeto deveria ser ressignificado - a garrafa poderia virar foguete, barco, luneta, qualquer coisa. Aqui, o objeto da brincadeira deve ganhar um uso viável.

Como exemplo, podemos lembrar que no dia do encontro foi colocado um lenço no jogo. E este lenço virou saia, bolsa, corda para pular, véu para rezar. Tudo bem possível de ser feito na vida real!

RepenSER


Esta dinâmica, do projeto Senhor Sustentável, é ótima para trabalhar o empreendedorismo. Abaixo, explicamos como facilitá-la com exemplos que aconteceram no encontro sobre empreendedorismo do grupo de 2011 do Líderes do Coração.

Para jogar o Repenser, é preciso ter dois ou mais grupos, com cerca de quatro a seis pessoas em cada um (é interessante não ter poucas pessoas, para que o jogo seja divertido; e não ter muitas, para que todos tenham a oportunidade de falar).
O facilitador fica com três saquinhos, cada um deles contendo um monte de tarjetas de papel. O primeiro saquinho traz os dons de uma liderança do coração, apontados por todos no início do encontro. O segundo saquinho traz questões práticas do cotidiano de quem trabalha com educação: reunião com pais, salário, planejamento pedagógico. E, finalmente, o terceiro saquinho traz um monte de papéis em branco, que terão utilidade mais para frente!






Cada grupo recebe papéis dos dois primeiros saquinhos. Por exemplo, numa rodada, um grupo recebe as seguintes tarjetas de papel: alegria, harmonia e reunião com os pais. Com estas palavras e expressões, forma-se então uma pergunta. Por exemplo: Como repensar a liderança do coração por meio de uma reunião com os pais, para trazer alegria e harmonia para as crianças?
A partir daí, todos da equipe tem que criar juntos uma solução para esta questão. Para estimular a criatividade, existem algumas “regras” no jogo, que foram expressas por meio de crachás, que cada participante usava no pescoço. Eram elas:
- Foque em soluções
- Não ao não
- Incentive todas as idéias
- Sugira idéias malucas
- Desenhe! Desenhe! Desenhe!
Além dos crachás acima, sempre estimulando todo mundo a “sair da caixinha”, ou seja, sair do conforto das idéias mais normais para criar propostas inovadoras, havia um outro elemento que dava um toque especial ao jogo: a palavra mágica.
A PALAVRA MÁGICA!
A palavra mágica nada mais era do que uma palavra bem inusitada (como cabeça de bacalhau, grilo, sereia, chulé), que era escrita no papel em branco do terceiro saquinho e lançada como estímulo para as pessoas. Tanto o facilitador quanto quem estava jogando podiam pegar um papel em branco, a qualquer momento, e lançar uma palavra mágica. E a equipe que recebia esta palavra tinha que incluí-la no seu planejamento. Ou seja: como repensar a liderança do coração por meio de uma reunião com os pais, para trazer alegria, harmonia para as crianças... usando o chulé!

E o que nós percebemos, neste encontro, é que estas palavras pareciam ser mágicas mesmo, pois, quanto menor o seu nexo, mais elas abriam a cabeça e traziam novas perspectivas para o planejamento que estava sendo construído. Quer um exemplo? Vamos colocar abaixo o Plano do Bacalhau, criado por um dos grupos.
Depois de algumas rodadas e de uma primeira apresentação para todos, o jogo foi para uma segunda etapa, na qual as pessoas deveriam escolher um dos projetos feitos, e transformá-los em um planejamento prático – já que a primeira fase era mais uma eclosão de idéias diversas do que a elaboração de um plano estruturado. Para entender melhor, confiram abaixo:

PLANO PRÁTICO DO BACALHAU: *

* Criado na segunda etapa do jogo por um dos grupos:

PERGUNTA: Repensar a liderança do coração por meio de uma reunião com os pais para que a criança seja amada pela própria família. 
PALAVRA MÁGICA: Cabeça de Bacalhau
DESAFIOS PROPOSTOS:
Como disseminar o amor nas famílias desestruturadas e sem base?
Como lidar com pessoas que não tem o mesmo conhecimento e de que forma conquistar pessoas consideradas difíceis, para que apóiem a proposta?

O PLANO
- Fazer uma pesquisa com os pais, para saber quais são os melhores horários e dias da semana, para marcar uma reunião em que a maioria possa estar. Para aqueles que não puderam comparecer, abrir plantões individuais de atendimento.
- Iniciar a reunião com um momento de acolhimento aos pais: um educador, responsável por receber todos que chegam, entrega a cada pai um bilhete que diz: “Escolha alguém e dê um abraço”.
- Quando todos tiverem se abraçado, explicar a importância do toque nos relacionamentos.
- Pedir para cada um escrever uma frase para seu filho, e recolher estes papéis.

- Em seguida, mostrar para os pais fantasias de cabeças de peixe, que as crianças fizeram durante as aulas. Aproveitando o tema “marítimo”, usar o peixe como metáfora para falar da importância da respiração, sugerindo que cada um se imagine como um peixe, respirando pelas guelras, bem calmamente.
- Depois da respiração, conduzir uma vivência de massagem.
- Momento “Quando eu era um peixinho”: Sugerir que os pais resgatem um momento da sua infância. Fazer uma roda de pessoas, e convidar aqueles que tem vontade para compartilhar o momento lembrado com os outros. Desta forma, ninguém se sente obrigado a falar; só conta algo quem sente vontade. Mas ressaltar que todos estarão participando na escuta ativa.
- Siga o Bacalhau: Um “siga o mestre” adaptado! Ainda com todos em roda, usar uma das fantasias de cabeças de bacalhau como bastão da fala e da ação. Cada um que recebe a cabeça do peixe tem que fazer um gesto bem maluco que deve ser imitado por todos.
- Final da reunião: entregar a cada pai uma concha de brinquedo, com uma pérola e a frase escrita por ele para seu filho lá dentro. Em seguida, chamar as crianças na sala de reunião. Cada pai deve dar sua concha de presente para o filho. 
- Cardume final: Para encerrar, uma dança circular com todos – educadores, pais e crianças – ao som da canção Peixinhos do Mar.

Quem me ensinou a nadar?

Quem me ensinou a nadar?
Foi, foi, marinheiro,

Foi os peixinhos do mar...”

Empreendedorismo: sétimo encontro


Nosso sétimo encontro teve como tema o empreendedorismo! Depois de trabalhar a coerência, a empatia, a co-criação, a liderança e a poesia, foi hora de colocar todos esses dons a serviço de uma ação prática. Não que os outros encontros não tenham trazido frutos para a vida profissional e pessoal – pelo contrário! -, mas o encontro do empreendedorismo colocou isso em pauta com mais ênfase, ao propor a criação de soluções inovadoras para a liderança do coração.

Para nos apoiar, contamos com o apoio do Fábio Souza, do projeto Senhor Sustentável. Fábio é designer, e trouxe uma visão bem interessante sobre o processo de criação de uma solução ou de um produto, ressaltando a importância de ser criativo e criar idéias que realmente possam sair do papel.

O encontro começou – como já é costume – com uma dança circular. Depois, foi hora de perceber, através de uma contação de história, os desafios e recursos necessários para realizar um empreendimento.

NUVEM DE PALAVRAS-CHAVE

Então foi hora de todas formarem duplas para conversar sobre as características e recursos de uma liderança do coração. Quais são elas? Foi aí que começaram a pipocar uma série de palavras, que nós organizamos numa nuvem de palavras-chave. As palavras-chave da LIDERANÇA DO CORAÇÃO foram:

Estar aberto
Coerência
Questionar de maneira empática
Pensar antes de agir
Técnica de relaxamento
Desafio
Ser prazeroso
Fazer diferença
Liderar
Toque
Saber enxergar o outro
Cuidar de nós mesmos
Estar em paz
Fazer o bem
Oportunidade
Atenção
Beijo
Ser amado
Coerência
Cuidado com nós mesmos
Reconhecer os próprios erros
Humildade
Muitas responsabilidades
Pedir ajuda
Não existe educação sem amor
Empreender
Olhar
Contar histórias
Aprender a respirar melhor
Dar amor
Compartilhar idéias
Diálogo
Sugerir
Cultivar harmonia
Mudanças
Alegria
Poesia
Carinho
Respeitar o tempo de cada pessoa
Abraço
Levar liderança
Saber ouvir
Criatividade
Tratar do coração
Paciência
Sinceridade
Observação
Integridade
Estar aberto a novas idéias
Flexibilidade
Humanização
Viver o momento
Respeito
Co-criação
Enxergar a si próprio
Aprendizado e conhecimento

Depois de elencar tantas qualidades e palavras positivas, foi hora de olhar para os desafios que surgem, na hora de empreender a liderança do coração no dia-a-dia. Quais são eles? Em uma rodada de discussões, o grupo levantou alguns: dificuldade em levar propostas novas para suas organizações, participação pequena das famílias no desenvolvimento dos filhos, conseguir fazer as práticas (exercícios de biopsicologia, automassagem e respiração profunda) com regularidade...

Os desafios e qualidades foram usados em um jogo chamado Repenser, criado pelo Fábio do Senhor Sustentável. Este jogo é ótimo para estimular a criatividade na hora de criar um projeto, e ao mesmo tempo trazer foco e direcionamento prático. E o melhor: é muito divertido! Confiram no próximo post.
Para aguçar a criatividade, também aprendemos uma dinâmica muito legal: Repensar Soluções. Confira aqui como facilitar.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ciranda do Amor

Ciranda do Amor é da autoria de Lia de Itamaracá,  compositora e cantora de cirandas. Pernambucana da Ilha de Itamaracá, Lia tornou-se famosa em todo o Brasil por divulgar a tradição das cirandas.

O vídeo abaixo mostra uma apresentação de Lia, em que ela canta duas músicas: Mamãe Oxum e a Ciranda do Amor.

Vale a pena, aliás, pesquisar no youtube outras  apresentações e cirandas de Lia. São ótimas para ensinar em sala de aula e também para usar em paradas pedagógicas e reuniões. Afinal, quem não gosta de uma boa ciranda?

CIRANDA DO AMOR - Lia de Itamaracá

“Quero saber quantas estrelas tem no céu
 Quero saber quantos peixes tem no marinheiro
 Quero saber quantos raios tem o sol
 Eu só desejo é a luz do seu olhar

 Não sei, meu amor, não sei, meu amor
 Não sei, eu não posso falar
 Só sei, meu amor, só sei, meu amor
 Foi na ciranda que aprendi a te amar.”



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A pequena Ilha

A pedidos, vamos começar a postar vídeos de algumas das músicas que ensinamos nos nossos encontros.

A primeira será “A pequena ilha”, que aprendemos a cantar e dançar no final do encontro sobre empreendedorismo.

“A pequena ilha” é uma canção composta por P.R. Sarkar, pensador indiano que escreveu 5018 canções em diversos estilos e línguas, como bengali, hindi e até inglês.

O vídeo abaixo traz uma versão dela gravada no Parque Ecológico Visão Futuro, em Porangaba (SP), sede da Rede Visão Futuro, que algumas de vocês visitaram no ano passado.

Esta versão traz "A Pequena Ilha" cantada em três idiomas: português, inglês e espanhol, além de um mantra no trecho final, que significa “Tudo é amor” no idioma sânscrito. Notem que, no vídeo, quem canta em espanhol é o Paulo Prudente, que facilitou o encontro sobre Poesia. A versão em português é cantada por Cecília Valentim, e a versão em inglês por Jyoshna la Trobe.

Espero que gostem!

A PEQUENA ILHA - P. R. Sarkar


“Eu amo esta pequena ilha
rodeada pelo mar (2x)
Sou eu um ser pequeno
diante da vastidão? (2x)
Não, não, não, eu nunca estou só
O Amor está aqui.”





sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DINÂMICA DIREITA-ESQUERDA

Esta dinâmica é muito divertida, ótima para treinar a atenção e a coordenação motora. Organize o grupo em uma roda, e ensine o seguinte versinho:

Para cima, para baixo, para frente e para trás

Para direita, para esquerda, para frente, descansar

E agora, muita atenção, vamos dar a meia volta

Outra vez a meia volta, para frente, para trás


Durante a atividade, é só seguir as orientações do verso usando uma parte do corpo. Comece com os braços, depois as pernas, os pés, os ombros, os olhos (!)... Solte a criatividade!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre a arte - Rainer Maria Rilke


No sexto encontro do Líderes do Coração 2011, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos textos usado durante as atividades do dia:
         Sobre a arte – Rainer Maria Rilke

"Pois arte é infância. Arte significa não saber que o mundo já é, e fazer um. Não destruir nada que se encontra, mas simplesmente não achar nada pronto. Nada mais que possibilidades. Nada mais que desejos. E, de repente, ser realização, ser verão, ter sol. Sem que se fale disso, involuntariamente. Nunca ter terminado. Nunca ter o sétimo dia. Nunca ver que tudo é bom. Insatisfação é juventude.

Transpiração - Itamar Assumpção




No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:

Transpiração – Itamar Assumpção
A inspiração vem de onde?
Pergunta para mim alguém
Repondo talvez de longe
De avião barco ou bonde?
Vem com meu bem de Belém
Vem com você neste trem
Das entrelinhas de um livro
Da morte de um ser vivo
Das veias de um coração
Vem de um gesto preciso
Vem de um amor vem do riso
Vem por alguma razão
Vem pelo sim pelo não
Vem por uma gaivota
Vem pelos bichos da mata
Vem lá do céu vem do chão
Vem da medida exata
Vêm dentro da tua carta
Vem do Azerbadjão
Vem pela transpiração
A inspiração vem de onde?
De onde?
A inspiração vem de onde?
De onde?
Vem da tristeza, alegria.
Do canto da cotovia
Vem do luar do sertão
Vem de uma noite fria
Vem olha só quem diria
Vem pelo raio e trovão
No beijo desta paixão
A inspiração vem de onde?
De onde? 

Palavra-corpo - Chacal


No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:

Palavra-Corpo – Chacal
a palavra vive no papel
com vírgulas hífens crases reticências
leva uma vida reclusa de carmelita descalça

corpo palavra

o corpo aprendeu a ler na rua
com manchetes de jornais
jogadas na cara pelo vento
com gírias palavrões
zoando no ouvido
com gritos e sussurros
impressos na pele

palavra corpo
a palavra quer sair de si
a palavra quer cair no mundo
a palavra quer soar por aí
a palavra quer ir mais fundo
a palavra funda
a palavra quer
a palavra fala
- eu quero um corpo!

corpo palavra

o corpo sabe letras com gosto
de carne osso unha e gente
o corpo lê nas entrelinhas
o corpo conhece os sinais
o corpo não mente
o corpo quer dizer o que sabe
o corpo sabe
o corpo quer
o corpo diz:
- fala palavra!!!

No meio do caminho - Carlos Drummond de Andrade


No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:


No meio do caminho – Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Irmandade - Octavio Paz


No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:

Irmandade – Octavio Paz
Tradução de Antônio Moura

Sou homem duro pouco
E é enorme a noite.
Mas olho para cima
As estrelas escrevem.
Sem entender compreendo
Também sou escritura
e neste mesmo instante
alguém me soletra.

Explicação de Poesia sem ninguém pedir - Adélia Prado


No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:
Explicação de Poesia sem ninguém pedir - Adélia Prado
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento.

O Eco - Cecília Meireles


No sexto encontro do Líderes do Coração, falamos de (e praticamos) arte. Confira um dos poemas usado em uma das atividades:

Eco – Cecília Meirelles

O menino pergunta ao eco
onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: "Onde? Onde?"

O menino também lhe pede:
"Eco, vem passear comigo!"

Mas não sabe se eco é amigo
ou inimigo.
Pois só lhe ouve dizer:


"Migo!"

Sexto encontro: apresentação dos grupos


No encontro sobre poesia, nossas lideres do coração dividiram-se em três grupos para criar cenas a partir da leitura de alguns poemas.

Confira os resultados abaixo:

Primeiro Grupo: "O Eco", de Cecília Meireles




Segundo grupo - "Explicação da poesia sem ninguém pedir", de Adélia Prado





Terceiro grupo: "Explicação da poesia sem ninguém pedir”







Após as apresentações dos três grupos, fizemos uma rodada de feedbacks - ou, como gostamos de chamar, lovebacks - para conversarmos sobre cada cena, apontando o que cada grupo tinha trazido de belo e o que poderia melhorar. Surgiram várias reflexões interessantes.

Uma das cenas, por exemplo, inspirada pelo poema "Explicação da poesia sem ninguém pedir", de Adélia Prado,mostrava os encontros e despedidas que acontecem em uma estação de trem. A apresentação gerou várias sensações diferentes na platéia: para algumas pessoas, o que a cena tinha de mais marcante era a alegria do encontro entre amigos; para outros, a cena tinha um tom mais triste por representar a despedida entre duas pessoas; para outra, ainda, a cena tinha um tom mais prosaico, refletindo o cotidiano agitado das estações de trem e metrô.

A cena tinha todos esses elementos - e muitos outros -, e o legal ‚ que cada espectador interpretou o que foi mostrado de acordo com suas próprias vivências e com o seu estado de espírito no momento. Quem estava certo? Todos! Afinal, em arte, não existe a resposta certa!

Poesia: sexto encontro


Nosso sexto encontro começou com a exibição de um trecho do filme "Em busca da Terra do Nunca", que conta a história do escritor J.M. Barrie, o criador de Peter Pan. O filme mostra como o autor inspirou-se em pessoas e fatos do seu dia-a-dia para escrever sua obra mais famosa, um verdadeiro clássico da literatura infantil.





Na cena que assistimos, J.M. Barrie dança com seu cão, no meio de um parque, para quatro meninos. Estes garotos são convidados a escolher como querem ver aquela apresentação: enxergar apenas um maluco, abraçado com um cachorro, ou ver um domador de feras, valsando com um enorme urso no meio do picadeiro?
Nós também temos, sempre, essa opção de escolher como olhamos para algo. Como encaramos nosso trabalho com educação? Como vemos nossas crianças? Como planejamos nossas atividades? Vemos apenas o óbvio ou vamos além, procurando enxergar o que não tínhamos percebido e descobrir beleza nas coisas?

Para abordar tudo isso, abarcando as outras habilidades já  trabalhadas (coerência, empatia, co-criação e liderança), nosso sexto encontro teve como tema a poesia.
No começo do encontro, para deixar nossa atenção e nossa percepção espacial mais apuradas, fizemos a brincadeira da direita e da esquerda. Confira aqui como facilitar

Depois da dinâmica e do filme, foi hora da criação!


Primeiro, o grupo experimentou diferentes formas de ler a mesma poesia (No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade). Caminhando pelo espaço, todos leram o poema, em voz alta, de diferentes maneiras: dando gargalhadas, com tristeza, com raiva... Durante esta atividade, percebemos como um texto pode ser desconstruído de muitas formas. E não só através da leitura. Um poema como No meio do caminho pode virar uma cena de teatro, uma performance, uma partitura corporal.

Para experimentar tudo isso de forma mais profunda, as educadoras foram divididas em três grupos, que receberam algumas poesias (leia todas as poesias do encontro nos próximos posts) com a proposta de criar uma apresentação artística a partir de um dos textos - ou até mais de um!

No próximo post, confira os vídeos das apresentações e as reflexões geradas por elas!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O cachorro vira-lata: contando histórias com objetos

Olha só que legal: a Joseane escreveu um post contando como foi facilitar a contação de histórias com objetos da caixa  para crianças da CEI Milton Santos, onde ela trabalha:


O cachorro vira-lata

                                  Por Joseane Almeida

Era uma vez um cachorro que se chamava Iscubidu. Ele morava num pote, usava boné, fazia bolinha de sabão para as crianças e tinha um tapete para limpar as patas.

Um dia, Iscubidu conheceu o pato Lupi, que fazia quá, quá. Eles ficaram muito amigos e brincavam de pega-pega e esconde-esconde.

Iscubidu vivia nas ruas e gostava de ajudar as pessoas enchendo os pneus dos seus carros.

Essa história foi construída pelas crianças da CEI Milton Santos, de quatro anos, utilizando a técnica de contação de histórias com elementos-surpresa.

E você, consegue apontar os sete objetos usados na história?

Resposta: Cachorro e pato de madeira, um pote de requeijão, um potinho de bolinha de sabão, um pedaço de pano e uma bomba de ar (para encher pneu de bicicleta).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dinâmica: Semáforo de propostas


O semáforo de propostas é uma dinâmica que trabalha bastante a liderança, especialmente a liderança delegadora, que é aquela que convida as pessoas a construírem um projeto.

A idéia do exercício é criar propostas e sair por aí convidando outras pessoas a participar do seu projeto, sempre fazendo perguntas que comecem com “Que tal se [fizéssemos isso, empreendêssemos tal coisa]?”.

Descrição

Reúna o grupo e explique que todos têm um projeto comum (por exemplo, construir uma escola ou uma creche). Cada participante, então, terá uns cinco minutos para criar uma série de propostas (construir uma área verde na escola, abrigar animais, promover atividades que integrem pais e filhos) para este projeto.

Assim que todos tiverem suas propostas, cada pessoa recebe um sinal vermelho, um sinal amarelo e um sinal verde. No caso dos sinais vermelho e amarelo, que ficarão com a pessoa durante o jogo, dá para usar dois cículos de cartolina. No caso dos sinais verdes, que serão entregues para outra pessoa, use vários círculos verdes.









Quando todos tiverem suas propostas e seus sinais de semáforo, sugira que as pessoas comecem a caminhar pela sala e, aos poucos, encontrem um parceiro. Cada um da dupla deve expor sua proposta para o outro, com uma condição: esta proposta tem que ser feita em forma de pergunta (“Que tal se construíssemos um jardim?”, por exemplo). A pessoa que é convidada a participar da proposta do outro, por sua vez, só pode responder usando seus sinais: vermelho (essa proposta não toca meu coração), amarelo (posso refletir sobre isso) e verde (essa proposta toca meu coração, vou participar dela com você). No caso da resposta verde, a pessoa deve entregar o círculo verde para a outra.

Quem obteve como resposta um sinal vermelho ou amarelo pode refinar sua proposta, fazendo outra pergunta (lembre-se: só é permitido fazer perguntas).

A idéia é chegar ao final da dinâmica, depois de conversar com todos, com o maior número possível de sinais verdes.

Objetivo

Esta dinâmica estimula um aspecto da liderança que foi bastante trabalhado no encontro: o líder é aquele que faz um convite para as pessoas, inspirando-as, e não aquele que impõe uma idéia sua. Em outro encontro, a tocha da Liderança havia conversado justamente sobre o fato do líder ser aquele que sabe fazer perguntas, e gerar reflexões nos outros a partir de certas perguntas-chave, ao invés de dar ordens ou oferecer definições prontas para as pessoas com quem trabalha.

Daí a riqueza deste exercício, que estimula as pessoas a defenderem uma proposta só com perguntas que são, na verdade, um convite para empreender um projeto comum. Lembrando que a liderança não é trabalhada só na hora de fazer sua pergunta-proposta, mas também na hora de responder. Vale pensar se eu abro mão da minha liderança e só dou sinais verdes para agradar, ou sustento a minha opinião e dou sinal amarelo e/ou vermelho. Ou então, se eu ajo como um líder centralizador e nunca dou sinal verde, ou aceito rever minhas posições para construir algo em parceria...

Dinâmica: Só perguntas


Já pensou como seria conversar com alguém só fazendo perguntas? É o que propõe esta dinâmica, ótima para fortalecer a criatividade e a presença. Que tal usar o exercício como preparação para uma contação de histórias?

Descrição

Uma dupla de participantes entra em cena para estabelecer um diálogo improvisado (nada pode ser combinado antes!). Este diálogo não precisa ter um tema definido, nem precisa fazer sentido. Apenas há uma regra: só é permitido fazer perguntas.

A dupla fica em cena até que um deles se confunda e forme uma frase afirmativa, ou se atrapalhe na hora de falar. Quando isso acontecer, outra pessoa deve entrar em cena para continuar o jogo com aquele que ficou.

Objetivo

Esta atividade é ótima para crianças maiores e adolescentes. Experimente também facilitá-la para outros educadores e colegas de trabalho, explicando que ela ajuda a fortalecer a presença em cena (e, portanto, a liderança) e a criatividade.

Dinâmica: contagem de 1 a 10

Esta dinâmica é ótima para trabalhar a atenção e a conexão do grupo. Vale a pena fazer a roda de 1 a 10 com crianças maiores e adolescentes – eles adoram o desafio deste jogo! Outra dica é facilitar a atividade no retorno de intervalos, quando a turma está agitada, pois ela estimula a concentração.

Descrição

Para começar, sugira que todos façam uma respiração profunda, e percebam se estão se ouvindo e se olhando. Como o exercício exige muita atenção e conexão do grupo, a concentração inicial pode ajudar.
Organize o grupo em um círculo e explique a regra do jogo, que é bem simples: as pessoas devem realizar uma contagem, em voz alta, de 1 a 10.

Só que essa contagem deve ser feita com uma pessoa falando um número de cada vez, sem ninguém combinar nada antes. O objetivo é o grupo conseguir chegar até o 10, sem que duas ou mais pessoas falem um número ao mesmo tempo – o que acaba acontecendo, principalmente quando o grupo é mais agitado. Aliás, vale ressaltar que é normal demorar para o grupo conseguir realizar a contagem até o fim. O interessante da dinâmica é, justamente, proporcionar este "treino" de escuta ativa, liderança e presença.
Objetivo
Esta dinâmica é muito simples, mas traz vários ensinamentos valiosos: a importância da presença, da conexão do grupo e da atenção.
Se pensarmos no tema específico do encontro (liderança) em que esta dinâmica foi ensinada, podemos refletir sobre como exercemos nossa liderança: algumas pessoas, mais extrovertidas, costumam tomar a iniciativa e dizer os números; outras, mais introvertidas, acabam deixando passar a vez e não falam os números... Mas lembrando que não existe certo ou errado, e que todos estão participando, seja na fala ou no silêncio!

Por isso, quando quiser trabalhar liderança e presença, procure usar esta dinâmica. O grupo, certamentente, vai gostar!

Dinâmica: prese-prese-sec-sec


Esta dinâmica, ensinada no encontro sobre liderança, é ótima para ser usada com crianças e jovens. Ela trabalha a concentração de uma forma muito divertida! Além disso, o jogo trouxe, neste encontro, várias reflexões sobre modelos de liderança (mais centralizadora, mais delargadora, mais delegadora, mais hierárquica, mais horizontal...). Desta forma, pode ser usado sempre que o facilitador quiser demonstrar, de forma lúdica, como funciona um modelo de liderança centralizador.

Descrição

Forme um círculo, com todas as pessoas do grupo sentadas. Nomeie uma delas como presidente e a pessoa do lado como secretário. A partir do secretário, vá numerando as pessoas, até chegar no último, que estará ao lado do presidente.

O jogo estabelece uma estrutura bem hierárquica, com o presidente como líder, o secretário como seu ajudante, a pessoa de número 1 em posição “melhor” que a 2, que por sua vez está “melhor” que o 3, e por aí vai. O objetivo é ir subindo de posição até chegar a um número mais alto, depois ao cargo de secretário e, finalmente, de presidente.

O presidente começa o jogo batendo duas vezes as palmas nas pernas e dizendo seu cargo: prese, prese. Depois, ele bate os dedos das mãos uns nos outros (difícil descrever, mas é um gesto que lembra muito a palma) e diz o cargo da pessoa para quem ele quer passar a vez: sec-sec. Aí o secretário faz o mesmo: sec-sec (batendo as mãos nas pernas), dez-dez (batendo palmas). Aí o dez deve fazer o mesmo e passa a vez para outra pessoa da roda.

Quando alguém erra, é mandado para o último lugar da roda – no nosso caso, era o lugar 14. E todas as pessoas que estavam abaixo dele sobem de posição: se o 4 errar em um roda de 14 pessoas, do 5 ao 14 sobem um número, o que errou vai para o lugar 14.

Na nossa versão do jogo, o presidente errou, o secretário errou, e nem por isso o jogo acabou. Portanto, não existe um objetivo do jogo como o presidente ir para o último lugar. Quem for facilitar, então, pode estabelecer um tempo de duração.

Liderança: quinto encontro


No dia 18 de agosto, aconteceu o quinto encontro do grupo de aprofundamento do Líderes do Coração, que teve como tema a liderança!

A liderança já vinha sendo trabalhada em outros encontros, por ser uma das tochas, e portanto uma das habilidades que baseiam o processo do Líderes do Coração (junto com Arte, Corpo e Comunicação).

Este encontro foi bem movimentado, com muitas dinâmicas novas (confira a seção Como facilitar as dinâmicas, à direita da página), que trouxeram muitos aprendizados sobre quais são as diferentes formas de liderar.

Em primeiro lugar, vimos que todos somos líderes em nossas vidas, e que a liderança vai muito além de um cargo de diretor ou de coordenador – se pensarmos na sala de aula, o educador é líder, e também as crianças, os pais... 



Afinal, o que é ser líder? Não há uma única resposta para isso mas, trocando experiências e reflexões nestes últimos encontros, vimos que um bom líder é aquele que consegue inspirar o outro a participar de um projeto ou atividade. Por isso, é importante que o líder exerça a arte de convidar os outros a criar coletivamente - seja um projeto ou uma solução para um problema. Ele também deve procurar fazer boas perguntas, para estimular os outros a refletirem e construírem seus próprios caminhos – bem diferente do padrão de líder que apenas dá ordens ou entrega propostas fechadas para sua equipe, não?

Neste encontro, começamos o dia com uma dinâmica que mostra como funciona esse padrão mais rígido e centralizador de liderança, a Prese-prese-sec-sec. Aprenda a facilitar aqui!

Este exercício mostra de maneira bem divertida o que a liderança hierárquica e o ambiente competitivo geram nas pessoas. Isso nos fez pensar sobre três tipos de liderança:

- liderança centralizadora: pode ser exemplificada pela figura do chefe durão, rígido, autoritário, que decide tudo sozinho e gera medo (e raiva também) na equipe. Seu funcionário costuma se sentir oprimido por seu jeito agressivo, e não consegue expressar suas idéias e potenciais.

- liderança delargadora: aqui, temos a figura do chefe bonzinho, que mal dá ordens, que parece não ter assumido de verdade seu cargo de chefia, não conseguindo dar direcionamentos claros para sua equipe. Seu funcionário se sente perdido e não sabe como colocar suas idéias em prática, já que não entende o que o líder quer.

- liderança delegadora: é o líder que consegue expressar suas idéias de forma clara, sempre procurando convidar as pessoas da sua equipe a construírem um projeto. O verdadeiro líder é aquele que inspira, que observa os outros para identificar possíveis potenciais escondidos, que faz perguntas para gerar reflexões e mudanças.

E por falar em perguntas, fizemos duas dinâmicas ótimas para trabalhar isso: Só Perguntas e Semáforo de Propostas.









Na hora de praticar exercícios de corpo, as líderes experimentaram uma massagem em grupos de quatro, bem gostosa, e um exercício de dança muito bonito. Este exercício aconteceu em duas etapas: primeiro, em duplas (com a liderança da dança flutuando de um para outro) e depois em um único grupo, em que cada um deveria apresentar sua dança no centro e, numa segunda etapa, convidar o outro a ocupar seu lugar. Foram vários os desafios vividos pelo grupo: sustentar sua dança no centro, saber convidar a outra pessoa e ceder seu lugar, voltando para a borda...





Na mesma linha do prese-prese-sec-sec, fizemos a dinâmica de Contagem de 1 a 10. Ela é ótima para adolescentes e jovens!

Encerramos este encontro cheio de atividades e insights com uma roda final, que nos trouxe muitos aprendizados e idéias. Vimos que o caminho de construir uma proposta em equipe (ainda na linha da dinâmica do semáforo) pode ser demorado e deve ser cuidado com muito carinho. Vimos que sempre estamos liderando, na hora de propor e na hora de aceitar uma proposta com o coração (e não só dizendo sim, para agradar um chefe, ou dizendo não, para ficar apegado a uma opinião e não ouvir o resto da equipe). Vimos que o líder é aquele que convida, que agradece, que cede o lugar quando é hora, como em uma dança... E saímos com uma pergunta, num dia de tantas perguntas: o que eu quero fortalecer na minha forma de liderar?