quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dinâmica: Semáforo de propostas


O semáforo de propostas é uma dinâmica que trabalha bastante a liderança, especialmente a liderança delegadora, que é aquela que convida as pessoas a construírem um projeto.

A idéia do exercício é criar propostas e sair por aí convidando outras pessoas a participar do seu projeto, sempre fazendo perguntas que comecem com “Que tal se [fizéssemos isso, empreendêssemos tal coisa]?”.

Descrição

Reúna o grupo e explique que todos têm um projeto comum (por exemplo, construir uma escola ou uma creche). Cada participante, então, terá uns cinco minutos para criar uma série de propostas (construir uma área verde na escola, abrigar animais, promover atividades que integrem pais e filhos) para este projeto.

Assim que todos tiverem suas propostas, cada pessoa recebe um sinal vermelho, um sinal amarelo e um sinal verde. No caso dos sinais vermelho e amarelo, que ficarão com a pessoa durante o jogo, dá para usar dois cículos de cartolina. No caso dos sinais verdes, que serão entregues para outra pessoa, use vários círculos verdes.









Quando todos tiverem suas propostas e seus sinais de semáforo, sugira que as pessoas comecem a caminhar pela sala e, aos poucos, encontrem um parceiro. Cada um da dupla deve expor sua proposta para o outro, com uma condição: esta proposta tem que ser feita em forma de pergunta (“Que tal se construíssemos um jardim?”, por exemplo). A pessoa que é convidada a participar da proposta do outro, por sua vez, só pode responder usando seus sinais: vermelho (essa proposta não toca meu coração), amarelo (posso refletir sobre isso) e verde (essa proposta toca meu coração, vou participar dela com você). No caso da resposta verde, a pessoa deve entregar o círculo verde para a outra.

Quem obteve como resposta um sinal vermelho ou amarelo pode refinar sua proposta, fazendo outra pergunta (lembre-se: só é permitido fazer perguntas).

A idéia é chegar ao final da dinâmica, depois de conversar com todos, com o maior número possível de sinais verdes.

Objetivo

Esta dinâmica estimula um aspecto da liderança que foi bastante trabalhado no encontro: o líder é aquele que faz um convite para as pessoas, inspirando-as, e não aquele que impõe uma idéia sua. Em outro encontro, a tocha da Liderança havia conversado justamente sobre o fato do líder ser aquele que sabe fazer perguntas, e gerar reflexões nos outros a partir de certas perguntas-chave, ao invés de dar ordens ou oferecer definições prontas para as pessoas com quem trabalha.

Daí a riqueza deste exercício, que estimula as pessoas a defenderem uma proposta só com perguntas que são, na verdade, um convite para empreender um projeto comum. Lembrando que a liderança não é trabalhada só na hora de fazer sua pergunta-proposta, mas também na hora de responder. Vale pensar se eu abro mão da minha liderança e só dou sinais verdes para agradar, ou sustento a minha opinião e dou sinal amarelo e/ou vermelho. Ou então, se eu ajo como um líder centralizador e nunca dou sinal verde, ou aceito rever minhas posições para construir algo em parceria...

Dinâmica: Só perguntas


Já pensou como seria conversar com alguém só fazendo perguntas? É o que propõe esta dinâmica, ótima para fortalecer a criatividade e a presença. Que tal usar o exercício como preparação para uma contação de histórias?

Descrição

Uma dupla de participantes entra em cena para estabelecer um diálogo improvisado (nada pode ser combinado antes!). Este diálogo não precisa ter um tema definido, nem precisa fazer sentido. Apenas há uma regra: só é permitido fazer perguntas.

A dupla fica em cena até que um deles se confunda e forme uma frase afirmativa, ou se atrapalhe na hora de falar. Quando isso acontecer, outra pessoa deve entrar em cena para continuar o jogo com aquele que ficou.

Objetivo

Esta atividade é ótima para crianças maiores e adolescentes. Experimente também facilitá-la para outros educadores e colegas de trabalho, explicando que ela ajuda a fortalecer a presença em cena (e, portanto, a liderança) e a criatividade.

Dinâmica: contagem de 1 a 10

Esta dinâmica é ótima para trabalhar a atenção e a conexão do grupo. Vale a pena fazer a roda de 1 a 10 com crianças maiores e adolescentes – eles adoram o desafio deste jogo! Outra dica é facilitar a atividade no retorno de intervalos, quando a turma está agitada, pois ela estimula a concentração.

Descrição

Para começar, sugira que todos façam uma respiração profunda, e percebam se estão se ouvindo e se olhando. Como o exercício exige muita atenção e conexão do grupo, a concentração inicial pode ajudar.
Organize o grupo em um círculo e explique a regra do jogo, que é bem simples: as pessoas devem realizar uma contagem, em voz alta, de 1 a 10.

Só que essa contagem deve ser feita com uma pessoa falando um número de cada vez, sem ninguém combinar nada antes. O objetivo é o grupo conseguir chegar até o 10, sem que duas ou mais pessoas falem um número ao mesmo tempo – o que acaba acontecendo, principalmente quando o grupo é mais agitado. Aliás, vale ressaltar que é normal demorar para o grupo conseguir realizar a contagem até o fim. O interessante da dinâmica é, justamente, proporcionar este "treino" de escuta ativa, liderança e presença.
Objetivo
Esta dinâmica é muito simples, mas traz vários ensinamentos valiosos: a importância da presença, da conexão do grupo e da atenção.
Se pensarmos no tema específico do encontro (liderança) em que esta dinâmica foi ensinada, podemos refletir sobre como exercemos nossa liderança: algumas pessoas, mais extrovertidas, costumam tomar a iniciativa e dizer os números; outras, mais introvertidas, acabam deixando passar a vez e não falam os números... Mas lembrando que não existe certo ou errado, e que todos estão participando, seja na fala ou no silêncio!

Por isso, quando quiser trabalhar liderança e presença, procure usar esta dinâmica. O grupo, certamentente, vai gostar!

Dinâmica: prese-prese-sec-sec


Esta dinâmica, ensinada no encontro sobre liderança, é ótima para ser usada com crianças e jovens. Ela trabalha a concentração de uma forma muito divertida! Além disso, o jogo trouxe, neste encontro, várias reflexões sobre modelos de liderança (mais centralizadora, mais delargadora, mais delegadora, mais hierárquica, mais horizontal...). Desta forma, pode ser usado sempre que o facilitador quiser demonstrar, de forma lúdica, como funciona um modelo de liderança centralizador.

Descrição

Forme um círculo, com todas as pessoas do grupo sentadas. Nomeie uma delas como presidente e a pessoa do lado como secretário. A partir do secretário, vá numerando as pessoas, até chegar no último, que estará ao lado do presidente.

O jogo estabelece uma estrutura bem hierárquica, com o presidente como líder, o secretário como seu ajudante, a pessoa de número 1 em posição “melhor” que a 2, que por sua vez está “melhor” que o 3, e por aí vai. O objetivo é ir subindo de posição até chegar a um número mais alto, depois ao cargo de secretário e, finalmente, de presidente.

O presidente começa o jogo batendo duas vezes as palmas nas pernas e dizendo seu cargo: prese, prese. Depois, ele bate os dedos das mãos uns nos outros (difícil descrever, mas é um gesto que lembra muito a palma) e diz o cargo da pessoa para quem ele quer passar a vez: sec-sec. Aí o secretário faz o mesmo: sec-sec (batendo as mãos nas pernas), dez-dez (batendo palmas). Aí o dez deve fazer o mesmo e passa a vez para outra pessoa da roda.

Quando alguém erra, é mandado para o último lugar da roda – no nosso caso, era o lugar 14. E todas as pessoas que estavam abaixo dele sobem de posição: se o 4 errar em um roda de 14 pessoas, do 5 ao 14 sobem um número, o que errou vai para o lugar 14.

Na nossa versão do jogo, o presidente errou, o secretário errou, e nem por isso o jogo acabou. Portanto, não existe um objetivo do jogo como o presidente ir para o último lugar. Quem for facilitar, então, pode estabelecer um tempo de duração.

Liderança: quinto encontro


No dia 18 de agosto, aconteceu o quinto encontro do grupo de aprofundamento do Líderes do Coração, que teve como tema a liderança!

A liderança já vinha sendo trabalhada em outros encontros, por ser uma das tochas, e portanto uma das habilidades que baseiam o processo do Líderes do Coração (junto com Arte, Corpo e Comunicação).

Este encontro foi bem movimentado, com muitas dinâmicas novas (confira a seção Como facilitar as dinâmicas, à direita da página), que trouxeram muitos aprendizados sobre quais são as diferentes formas de liderar.

Em primeiro lugar, vimos que todos somos líderes em nossas vidas, e que a liderança vai muito além de um cargo de diretor ou de coordenador – se pensarmos na sala de aula, o educador é líder, e também as crianças, os pais... 



Afinal, o que é ser líder? Não há uma única resposta para isso mas, trocando experiências e reflexões nestes últimos encontros, vimos que um bom líder é aquele que consegue inspirar o outro a participar de um projeto ou atividade. Por isso, é importante que o líder exerça a arte de convidar os outros a criar coletivamente - seja um projeto ou uma solução para um problema. Ele também deve procurar fazer boas perguntas, para estimular os outros a refletirem e construírem seus próprios caminhos – bem diferente do padrão de líder que apenas dá ordens ou entrega propostas fechadas para sua equipe, não?

Neste encontro, começamos o dia com uma dinâmica que mostra como funciona esse padrão mais rígido e centralizador de liderança, a Prese-prese-sec-sec. Aprenda a facilitar aqui!

Este exercício mostra de maneira bem divertida o que a liderança hierárquica e o ambiente competitivo geram nas pessoas. Isso nos fez pensar sobre três tipos de liderança:

- liderança centralizadora: pode ser exemplificada pela figura do chefe durão, rígido, autoritário, que decide tudo sozinho e gera medo (e raiva também) na equipe. Seu funcionário costuma se sentir oprimido por seu jeito agressivo, e não consegue expressar suas idéias e potenciais.

- liderança delargadora: aqui, temos a figura do chefe bonzinho, que mal dá ordens, que parece não ter assumido de verdade seu cargo de chefia, não conseguindo dar direcionamentos claros para sua equipe. Seu funcionário se sente perdido e não sabe como colocar suas idéias em prática, já que não entende o que o líder quer.

- liderança delegadora: é o líder que consegue expressar suas idéias de forma clara, sempre procurando convidar as pessoas da sua equipe a construírem um projeto. O verdadeiro líder é aquele que inspira, que observa os outros para identificar possíveis potenciais escondidos, que faz perguntas para gerar reflexões e mudanças.

E por falar em perguntas, fizemos duas dinâmicas ótimas para trabalhar isso: Só Perguntas e Semáforo de Propostas.









Na hora de praticar exercícios de corpo, as líderes experimentaram uma massagem em grupos de quatro, bem gostosa, e um exercício de dança muito bonito. Este exercício aconteceu em duas etapas: primeiro, em duplas (com a liderança da dança flutuando de um para outro) e depois em um único grupo, em que cada um deveria apresentar sua dança no centro e, numa segunda etapa, convidar o outro a ocupar seu lugar. Foram vários os desafios vividos pelo grupo: sustentar sua dança no centro, saber convidar a outra pessoa e ceder seu lugar, voltando para a borda...





Na mesma linha do prese-prese-sec-sec, fizemos a dinâmica de Contagem de 1 a 10. Ela é ótima para adolescentes e jovens!

Encerramos este encontro cheio de atividades e insights com uma roda final, que nos trouxe muitos aprendizados e idéias. Vimos que o caminho de construir uma proposta em equipe (ainda na linha da dinâmica do semáforo) pode ser demorado e deve ser cuidado com muito carinho. Vimos que sempre estamos liderando, na hora de propor e na hora de aceitar uma proposta com o coração (e não só dizendo sim, para agradar um chefe, ou dizendo não, para ficar apegado a uma opinião e não ouvir o resto da equipe). Vimos que o líder é aquele que convida, que agradece, que cede o lugar quando é hora, como em uma dança... E saímos com uma pergunta, num dia de tantas perguntas: o que eu quero fortalecer na minha forma de liderar?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Para anotar na agenda: Serviraser e Criaticidade

No encontro de Liderança de ontem, comentamos sobre dois eventos bem legais, ligados ao tema da valorização da infância, que acontecerão em breve.

O primeiro será uma vivência gratuita para pais e filhos, para apresentar o Serviraser, um curso de artes integradas para crianças, que integra diversas linguagens artísticas (teatro, expressão corporal, música, artes manuais), com o objetivo de fortalecer a criatividade e a vivência de valores como empatia e respeito entre os seres.

Anote o horário e o local do Serviraser e leve seus filhos (ou sobrinhos, afilhados, netos...)!

SERVIRASER - domingo, 21/08, 10h às 12h - Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, a duas quadras do metrô Brigadeiro)



O outro evento é o encontro do Criaticidade, que acontecerá na quarta, dia 24/08, das 10h às 12h30, no CENPEC. O Criaticidade é um projeto do Visão Futuro São Paulo e do Serviraser, em parceria com organizações como Semente Una, Instituto Harmonia, Nossa São Paulo e Instituto Amiks, que propõe que as crianças criem propostas para melhorar a cidade de São Paulo.

CRIATICIDADE - 24/08, quarta-feira, das 10h às 12h30 - CENPEC (Rua Minas Gerais, 228, próximo à estação Consolação/ Paulista)


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Documentário "Criança, a alma do negócio"

O consumo infantil é um assunto que tem preocupado cada vez mais educadores e pais.

Para refletir sobre o assunto, vale a pena assistir ao documentário "Criança, a alma do negócio", dirigido por Estela Renner.

Abaixo, publicamos a primeira parte (são seis) do filme, que está postado inteiro no youtube:





Dinâmica: Biopsicologia com histórias


Lembram desta dinâmica do primeiro encontro do Líderes em 2011?

Ela é ótima para estimular as pessoas a realizarem exercícios de biopsicologia, que aumentam o bem estar e reduzem estados de estresse e ansiedade, de uma forma lúdica e bem divertida.

O facilitador irá contar uma história e, durante a contação, irá estimular os participantes a fazerem práticas corporais e exercícios que tenham a ver com a narrativa.

Confiram abaixo e coloquem esta linda história em prática!

LíDERES DO CORAÇÃO


A SEMENTINHA

[os participantes começam deitados de costas]
Era uma vez um bebê lindo no seu berço. Um dia esse bebê acordou e sentir que tinha uma grande missão a cumprir, e que seu destino era glorioso.

Ele então se deitou de lado [os participantes se deitam de lado, numa posição parecida com a de um feto], como um bebê na barriga da mãe, sentiu o aconchego dessa lembrança, sua respiração pulsando, e percebeu que tinha muita vida dentro dele...

Essa vida queria se expressar, e então, o bebê se sentiu como uma sementinha na terra. Juntou seus braços e pernas e se virou pro chão, apoiando a testa no chão [o facilitador demonstra a posição, em que os participantes ficam “dobradinhos”, com o quadril sobre os calcanhares, a testa no chão, ou sobre as mãos, numa posição conhecida como sementinha, ou postura da criança estendida].

Ficou respirando por um tempo assim. O ar ia lá par suas costas, e ele sentiu acordar aos poucos sua coluna, uma coluna firme e flexível, e essa coluna ficou com vontade de ficar de pé pra poder ver melhor o mundo.

CRESCENDO

Essa menino/a do destino lindo então foi se levantando, desenrolando sua coluna [cada um levanta até ficar de pé, firmando bem os pés no chão e desenrolando a coluna, deixando a cabeça chegar por último].

E ele/a começou a perceber que tinha uma cabeça bacana e inteligente [fazer rotações com a cabeça, de forma lenta e sem deixar a cabeça cair demais para trás, e fazer com a intenção de tirar a tensão da nuca e pescoco], braços e ombros flexíveis para abraçar [fazer rotações com os ombros, para frente e para trás, de forma lenta e consciente, e abraçar a si mesmo], uma cintura que gostava de se mexer [fazer rotações com o quadril, girando um pouco num sentido, depois no outro, de forma lenta e consciente], pernas e pés bem ativos, que queriam se mexer! [movimentar uma perna soltando-a, como se ela desse pequenos chutes no ar, e depois girar os a articulação do tornozelo, para um lado, e para o outro, e fazer o mesmo com a outra perna e pé].

A menina percebeu que tinha crescido muito [elevar os braços pela lateral do corpo e alongá-los para o alto, ficando na ponta dos pés] e que o mundo era muito interessante. Ela quis andar para ver mais de perto todas essas coisas bonitas, pessoas com olhares e sorrisos [os participantes andam livremente, se olham e sorriem] com quem ela podia aprender tanta coisa, como abraçar [as pessoas se abraçam].

SINTA O AR

Então, ela começou a perceber que tinha muito mais a aprender. Ela percebeu o AR que soprava e fazia carinho na sua pele [o facilitador faz um som relacionado ao elemento ar, como, por exemplo, um mensageiro dos ventos]. Esse ar queria entrar no corpo da menina e ensinou ela a respirar de forma bem consciente e profunda, e seus braços se movimentavam batendo asas junto com a respiração [de pé, os participantes inspiram elevando os braços pela lateral do corpo, e exalam abaixando-os; orientar a que respirem pelas narinas].

UMA VERDADEIRA MONTANHA

E respirando assim, ele começou a observar a força da TERRA [o facilitador faz um som relacionado ao elemento terra, como, por exemplo, o de um tambor grande]. Essa terra formava as montanhas, e ele percebeu que a montanha era forte e firme, e seu corpo foi ficando tranqüilo e forte feito uma montanha: os pés ficaram paralelos um ao outro, bem apoiados e firmes no chão, como se tivessem raízes que afundavam na terra, e sua coluna ficou bem alinhada, o peito e o coração abertos, e o topo da cabeça querendo chegando nas nuvens [os participantes vão seguindo as instruções e imitando o facilitador]. E assim ela ficou por um tempo, se sentindo uma verdadeira montanha, respirando calmamente.

FLUINDO COMO UMA CACHOEIRA

Logo depois, o menino/a encontrou a ÁGUA na forma de uma linda cachoeira [o facilitador faz um som relacionado ao elemento água, como, por exemplo, de um pau de chuva] e tomou um banho gostoso naquela cachoeira. Ele/a gostou tanto que de repente foi virando como uma cachoeira, foi descendo seu tronco e deixando-o bem solto como água, mas mantendo as pernas firmes da montanha [exercício do “boneco de pano”, em que a pessoa fica de pé, com os pés e pernas bem apoiados no chão, e flexiona a coluna à frente, deixando braços e cabeça bem soltos, e flexionando um pouco os joelhos ].

O CALOR DO SOL

E então ela voltou desenrolando devagar sua coluna, até ficar de pé de novo, e sentiu que algo lá no alto a atraía... era o sol, quente e vivo, que trazia a energia e a alegria do FOGO [[o facilitador faz um som relacionado ao elemento fogo, como, por exemplo, o de um pandeiro]. Então ele/a quis trazer o calor do fogo pra dentre dela: uniu as mãos no coração, depois ergueu os braços até o alto, fez com suas mãos uma forma redonda, como se o sol estivesse entre elas mãos e, pegando o sol um pouquinho lá do céu, desceu com ele até perto do seu umbigo, trazendo calor para essa parte do seu corpo [os participantes vão seguindo as instruções e imitando o facilitador].

E com esse sol dentro dela, começaram a sair raios. Ele/a ergueu os braços de novo até o alto [os braços sobem na lateral do corpo], inspirando, e depois levou os braços para a esquerda, soltando o ar e curvando sua coluna para a esquerda também [movimento de flexão lateral da coluna, para a esquerda; o braço esquerdo fica relaxado ao lado do corpo, o braço direito acompanha a curva da coluna, permanecendo erguido]. Ele/a se sentiu bem comprido, inspirou de novo voltando os braços lá para o alto, e depois os levou para o outro lado, soltando o ar de novo [mesmo movimento para a direita]. E repetiu mais algumas vezes esse movimento para a esquerda e direita, sempre junto com a respiração. Os raios iam compridos para a esquerda, depois para a direita... E pra terminar, ele levou as mãos para o umbigo, pegou o sol e devolveu lá para o céu [mãos em formato circular, sobem do umbigo para o alto], mas a energia do fogo ficou lá dentro do corpo dele/a para sempre...

GUERREIROS DO CORAÇÃO

E assim, forte e amoroso, tendo aprendido com o ar, a terra, a água e o fogo, o menino/a percebeu que tinha virado um lindo guerreiro, forte, firme, assertivo, que sabe lidar com conflitos e chegar até os outros com amor [posição do guerreiro: para entrar nela, ficar de pé, com os pés mais afastados, girar o pé direito para fora, de modo que ele fica perpendicular em relação ao esquerdo; elevar os braços na altura dos ombros, girar a cabeça para a direita, flexionar a perna direita e permanecer na posição, com braços na altura dos ombros. Também pode ser feita para o outro lado, girando o pé esquerdo etc].

Era um guerreiro do coração, que toca o coração das pessoas com amor e bondade [cada participante, fazendo a posição do guerreiro, vai tocando de leve, com a mão da frente, o centro do peito do outro], e que mantém seu coração aberto para ser tocado pela espada dos outros guerreiros do coração [cada encosta de leve no coração do outro, e deixa-se tocar]. E o menino/a sentiu então, que sendo esse guerreiro do coração, esse líder do coração, ele tinha encontrado sua missão, seu destino sagrado.

Depois dessa grande aventura, cada líder do coração percebeu que merecia um descanso, e foi se deitando pra relaxar. Foi se deitando de forma confortável, de barriga pra cima. Fez um carinho com as mãos no seu coração, e depois deixando os braços bem pesados ao lado do corpo. Sentiu o peso de todo o corpo, manteve a respiração lenta e calma, e relaxou todo o corpo, sentindo-se em paz [o facilitador pode guiar os participantes a relaxarem cada parte do corpo, dos pés à cabeça, e pode colocar uma música suave ao fundo para ajudar. Sugerimos que o relaxamento dure de 5 a 10 minutos, sendo que o facilitador mantém o silêncio nos minutos finais, depois de ter guiado o relaxamento pelas partes do corpo].    

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Co-criação: quarto encontro


O quarto encontro do Líderes do Coração teve como tema a co-criação!


Por isso, o encontro não começou com uma agenda de atividades previamente fechada: o exercício foi justamente criar diversas atividades em grupo, num processo bem caórdico *(em que caos e ordem existem simultaneamente, o que permite uma auto-organização de um sistema), e negociar com todos o que seria feito e do que seria preciso abrir mão.

A idéia era que cada tocha – lembra delas? – propusesse uma agenda para o dia, com diversas atividades planejadas para trabalhar o tema daquela tocha. Por exemplo, o grupo da liderança poderia pensar uma manhã inteira só com dinâmicas e atividades para trabalhar este tema. O mesmo fariam a comunicação, o corpo e a arte.

O resultado desta primeira etapa do encontro co-criado é que tínhamos quatro agendas planejadas para aproximadamente uma hora, e apenas parte de uma manhã para a execução. Ou seja, foi preciso negociar e deixar algumas atividades de lado. Ou – mais legal ainda – recriar propostas originais, fundir a dinâmica de corpo com a de arte... Foi uma vivência intensiva de co-criação, que gerou como resultado uma contação de história do Senhor Baratão (inspirado em Dona Baratinha), que procurava uma noiva que fosse uma educadora líder do coração. Para isso, foi preciso saber as características de uma liderança, colher informações para um perfil do blog, praticar exercícios de Biopsicologia... No final, todos aprenderam uma dança circular facilitada pela Márcia, que celebrou as bodas do Baratão!










Vale a pena lembrar uma dinâmica muito legal que fizemos no começo do encontro, que ajudou todo mundo a fortalecer a criatividade: com todos em roda, cada um tinha que ir no centro improvisar uma música com dança, para todos na roda fazerem juntos. Surgiram idéias ótimas!

* O conceito caórdico foi criado por Dee Hock, fundador da rede de cartões de crédito Visa internacional. Para saber mais sobre este modelo, vale a pena visitar o site da Co-Criar, que traz uma página com uma explicação bem legal sobre modelos caórdicos!