quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dinâmica: Biopsicologia com histórias


Lembram desta dinâmica do primeiro encontro do Líderes em 2011?

Ela é ótima para estimular as pessoas a realizarem exercícios de biopsicologia, que aumentam o bem estar e reduzem estados de estresse e ansiedade, de uma forma lúdica e bem divertida.

O facilitador irá contar uma história e, durante a contação, irá estimular os participantes a fazerem práticas corporais e exercícios que tenham a ver com a narrativa.

Confiram abaixo e coloquem esta linda história em prática!

LíDERES DO CORAÇÃO


A SEMENTINHA

[os participantes começam deitados de costas]
Era uma vez um bebê lindo no seu berço. Um dia esse bebê acordou e sentir que tinha uma grande missão a cumprir, e que seu destino era glorioso.

Ele então se deitou de lado [os participantes se deitam de lado, numa posição parecida com a de um feto], como um bebê na barriga da mãe, sentiu o aconchego dessa lembrança, sua respiração pulsando, e percebeu que tinha muita vida dentro dele...

Essa vida queria se expressar, e então, o bebê se sentiu como uma sementinha na terra. Juntou seus braços e pernas e se virou pro chão, apoiando a testa no chão [o facilitador demonstra a posição, em que os participantes ficam “dobradinhos”, com o quadril sobre os calcanhares, a testa no chão, ou sobre as mãos, numa posição conhecida como sementinha, ou postura da criança estendida].

Ficou respirando por um tempo assim. O ar ia lá par suas costas, e ele sentiu acordar aos poucos sua coluna, uma coluna firme e flexível, e essa coluna ficou com vontade de ficar de pé pra poder ver melhor o mundo.

CRESCENDO

Essa menino/a do destino lindo então foi se levantando, desenrolando sua coluna [cada um levanta até ficar de pé, firmando bem os pés no chão e desenrolando a coluna, deixando a cabeça chegar por último].

E ele/a começou a perceber que tinha uma cabeça bacana e inteligente [fazer rotações com a cabeça, de forma lenta e sem deixar a cabeça cair demais para trás, e fazer com a intenção de tirar a tensão da nuca e pescoco], braços e ombros flexíveis para abraçar [fazer rotações com os ombros, para frente e para trás, de forma lenta e consciente, e abraçar a si mesmo], uma cintura que gostava de se mexer [fazer rotações com o quadril, girando um pouco num sentido, depois no outro, de forma lenta e consciente], pernas e pés bem ativos, que queriam se mexer! [movimentar uma perna soltando-a, como se ela desse pequenos chutes no ar, e depois girar os a articulação do tornozelo, para um lado, e para o outro, e fazer o mesmo com a outra perna e pé].

A menina percebeu que tinha crescido muito [elevar os braços pela lateral do corpo e alongá-los para o alto, ficando na ponta dos pés] e que o mundo era muito interessante. Ela quis andar para ver mais de perto todas essas coisas bonitas, pessoas com olhares e sorrisos [os participantes andam livremente, se olham e sorriem] com quem ela podia aprender tanta coisa, como abraçar [as pessoas se abraçam].

SINTA O AR

Então, ela começou a perceber que tinha muito mais a aprender. Ela percebeu o AR que soprava e fazia carinho na sua pele [o facilitador faz um som relacionado ao elemento ar, como, por exemplo, um mensageiro dos ventos]. Esse ar queria entrar no corpo da menina e ensinou ela a respirar de forma bem consciente e profunda, e seus braços se movimentavam batendo asas junto com a respiração [de pé, os participantes inspiram elevando os braços pela lateral do corpo, e exalam abaixando-os; orientar a que respirem pelas narinas].

UMA VERDADEIRA MONTANHA

E respirando assim, ele começou a observar a força da TERRA [o facilitador faz um som relacionado ao elemento terra, como, por exemplo, o de um tambor grande]. Essa terra formava as montanhas, e ele percebeu que a montanha era forte e firme, e seu corpo foi ficando tranqüilo e forte feito uma montanha: os pés ficaram paralelos um ao outro, bem apoiados e firmes no chão, como se tivessem raízes que afundavam na terra, e sua coluna ficou bem alinhada, o peito e o coração abertos, e o topo da cabeça querendo chegando nas nuvens [os participantes vão seguindo as instruções e imitando o facilitador]. E assim ela ficou por um tempo, se sentindo uma verdadeira montanha, respirando calmamente.

FLUINDO COMO UMA CACHOEIRA

Logo depois, o menino/a encontrou a ÁGUA na forma de uma linda cachoeira [o facilitador faz um som relacionado ao elemento água, como, por exemplo, de um pau de chuva] e tomou um banho gostoso naquela cachoeira. Ele/a gostou tanto que de repente foi virando como uma cachoeira, foi descendo seu tronco e deixando-o bem solto como água, mas mantendo as pernas firmes da montanha [exercício do “boneco de pano”, em que a pessoa fica de pé, com os pés e pernas bem apoiados no chão, e flexiona a coluna à frente, deixando braços e cabeça bem soltos, e flexionando um pouco os joelhos ].

O CALOR DO SOL

E então ela voltou desenrolando devagar sua coluna, até ficar de pé de novo, e sentiu que algo lá no alto a atraía... era o sol, quente e vivo, que trazia a energia e a alegria do FOGO [[o facilitador faz um som relacionado ao elemento fogo, como, por exemplo, o de um pandeiro]. Então ele/a quis trazer o calor do fogo pra dentre dela: uniu as mãos no coração, depois ergueu os braços até o alto, fez com suas mãos uma forma redonda, como se o sol estivesse entre elas mãos e, pegando o sol um pouquinho lá do céu, desceu com ele até perto do seu umbigo, trazendo calor para essa parte do seu corpo [os participantes vão seguindo as instruções e imitando o facilitador].

E com esse sol dentro dela, começaram a sair raios. Ele/a ergueu os braços de novo até o alto [os braços sobem na lateral do corpo], inspirando, e depois levou os braços para a esquerda, soltando o ar e curvando sua coluna para a esquerda também [movimento de flexão lateral da coluna, para a esquerda; o braço esquerdo fica relaxado ao lado do corpo, o braço direito acompanha a curva da coluna, permanecendo erguido]. Ele/a se sentiu bem comprido, inspirou de novo voltando os braços lá para o alto, e depois os levou para o outro lado, soltando o ar de novo [mesmo movimento para a direita]. E repetiu mais algumas vezes esse movimento para a esquerda e direita, sempre junto com a respiração. Os raios iam compridos para a esquerda, depois para a direita... E pra terminar, ele levou as mãos para o umbigo, pegou o sol e devolveu lá para o céu [mãos em formato circular, sobem do umbigo para o alto], mas a energia do fogo ficou lá dentro do corpo dele/a para sempre...

GUERREIROS DO CORAÇÃO

E assim, forte e amoroso, tendo aprendido com o ar, a terra, a água e o fogo, o menino/a percebeu que tinha virado um lindo guerreiro, forte, firme, assertivo, que sabe lidar com conflitos e chegar até os outros com amor [posição do guerreiro: para entrar nela, ficar de pé, com os pés mais afastados, girar o pé direito para fora, de modo que ele fica perpendicular em relação ao esquerdo; elevar os braços na altura dos ombros, girar a cabeça para a direita, flexionar a perna direita e permanecer na posição, com braços na altura dos ombros. Também pode ser feita para o outro lado, girando o pé esquerdo etc].

Era um guerreiro do coração, que toca o coração das pessoas com amor e bondade [cada participante, fazendo a posição do guerreiro, vai tocando de leve, com a mão da frente, o centro do peito do outro], e que mantém seu coração aberto para ser tocado pela espada dos outros guerreiros do coração [cada encosta de leve no coração do outro, e deixa-se tocar]. E o menino/a sentiu então, que sendo esse guerreiro do coração, esse líder do coração, ele tinha encontrado sua missão, seu destino sagrado.

Depois dessa grande aventura, cada líder do coração percebeu que merecia um descanso, e foi se deitando pra relaxar. Foi se deitando de forma confortável, de barriga pra cima. Fez um carinho com as mãos no seu coração, e depois deixando os braços bem pesados ao lado do corpo. Sentiu o peso de todo o corpo, manteve a respiração lenta e calma, e relaxou todo o corpo, sentindo-se em paz [o facilitador pode guiar os participantes a relaxarem cada parte do corpo, dos pés à cabeça, e pode colocar uma música suave ao fundo para ajudar. Sugerimos que o relaxamento dure de 5 a 10 minutos, sendo que o facilitador mantém o silêncio nos minutos finais, depois de ter guiado o relaxamento pelas partes do corpo].    

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