Esta dinâmica, do projeto Senhor Sustentável, é ótima para
trabalhar o empreendedorismo. Abaixo, explicamos como facilitá-la com exemplos
que aconteceram no encontro sobre empreendedorismo do grupo de
2011 do Líderes do Coração.
Para jogar o Repenser, é preciso
ter dois ou mais grupos, com cerca de quatro a seis pessoas em cada um (é
interessante não ter poucas pessoas, para que o jogo seja divertido; e não ter
muitas, para que todos tenham a oportunidade de falar).
O facilitador fica com três
saquinhos, cada um deles contendo um monte de tarjetas de papel. O primeiro
saquinho traz os dons de uma liderança do coração, apontados por todos no
início do encontro. O segundo saquinho traz questões práticas do cotidiano de
quem trabalha com educação: reunião com pais, salário, planejamento pedagógico.
E, finalmente, o terceiro saquinho traz um monte de papéis em branco, que terão
utilidade mais para frente!
Cada grupo recebe papéis dos dois
primeiros saquinhos. Por exemplo, numa rodada, um grupo recebe as seguintes
tarjetas de papel: alegria, harmonia e reunião com os pais. Com estas palavras
e expressões, forma-se então uma pergunta. Por exemplo: Como repensar a liderança do coração por meio de uma reunião com os pais,
para trazer alegria e harmonia para as crianças?
A partir daí, todos da equipe tem
que criar juntos uma solução para esta questão. Para estimular a criatividade,
existem algumas “regras” no jogo, que foram expressas por meio de crachás, que
cada participante usava no pescoço. Eram elas:
- Foque em soluções
- Não ao não
- Incentive todas as idéias
- Sugira idéias malucas
- Desenhe! Desenhe! Desenhe!
Além dos crachás acima, sempre
estimulando todo mundo a “sair da caixinha”, ou seja, sair do conforto das
idéias mais normais para criar propostas inovadoras, havia um outro elemento
que dava um toque especial ao jogo: a palavra mágica.
A PALAVRA MÁGICA!
A palavra mágica nada mais era do
que uma palavra bem inusitada (como cabeça de bacalhau, grilo, sereia, chulé),
que era escrita no papel em branco do terceiro saquinho e lançada como estímulo
para as pessoas. Tanto o facilitador quanto quem estava jogando podiam pegar um
papel em branco, a qualquer momento, e lançar uma palavra mágica. E a equipe
que recebia esta palavra tinha que incluí-la no seu planejamento. Ou seja: como
repensar a liderança do coração por meio de uma reunião com os pais, para
trazer alegria, harmonia para as crianças... usando o chulé!
E o que nós percebemos, neste
encontro, é que estas palavras pareciam ser mágicas mesmo, pois, quanto menor o
seu nexo, mais elas abriam a cabeça e traziam novas perspectivas para o
planejamento que estava sendo construído. Quer um exemplo? Vamos colocar abaixo
o Plano do Bacalhau, criado por um dos grupos.
Depois de algumas rodadas e de uma
primeira apresentação para todos, o jogo foi para uma segunda etapa, na qual as
pessoas deveriam escolher um dos projetos feitos, e transformá-los em um
planejamento prático – já que a primeira fase era mais uma eclosão de idéias
diversas do que a elaboração de um plano estruturado. Para entender melhor,
confiram abaixo:
PLANO PRÁTICO DO BACALHAU: *
* Criado
na segunda etapa do jogo por um dos grupos:
PERGUNTA: Repensar a liderança do
coração por meio de uma reunião
com os pais para que a
criança seja amada pela própria família.
PALAVRA MÁGICA: Cabeça de Bacalhau
DESAFIOS PROPOSTOS:
Como disseminar o amor nas famílias
desestruturadas e sem base?
Como lidar com pessoas que não tem
o mesmo conhecimento e de que forma conquistar pessoas consideradas difíceis,
para que apóiem a proposta?
O PLANO
- Fazer uma pesquisa com os pais,
para saber quais são os melhores horários e dias da semana, para marcar uma
reunião em que a maioria possa estar. Para aqueles que não puderam comparecer,
abrir plantões individuais de atendimento.
- Iniciar a reunião com um momento
de acolhimento aos pais: um educador, responsável por receber todos que chegam,
entrega a cada pai um bilhete que diz: “Escolha alguém e dê um abraço”.
- Quando todos tiverem se abraçado,
explicar a importância do toque nos relacionamentos.
- Pedir para cada um escrever uma
frase para seu filho, e recolher estes papéis.
- Em seguida, mostrar para os pais
fantasias de cabeças de peixe, que as crianças fizeram durante as aulas.
Aproveitando o tema “marítimo”, usar o peixe como metáfora para falar da
importância da respiração, sugerindo que cada um se imagine como um peixe,
respirando pelas guelras, bem calmamente.
- Depois da respiração, conduzir
uma vivência de massagem.
- Momento “Quando eu era um
peixinho”: Sugerir que os pais resgatem um momento da sua infância. Fazer uma
roda de pessoas, e convidar aqueles que tem vontade para compartilhar o momento
lembrado com os outros. Desta forma, ninguém se sente obrigado a falar; só
conta algo quem sente vontade. Mas ressaltar que todos estarão participando na
escuta ativa.
- Siga o Bacalhau: Um “siga o
mestre” adaptado! Ainda com todos em roda, usar uma das fantasias de cabeças de
bacalhau como bastão da fala e da ação. Cada um que recebe a cabeça do peixe
tem que fazer um gesto bem maluco que deve ser imitado por todos.
-
Final da reunião: entregar a cada pai uma concha de brinquedo, com uma pérola e
a frase escrita por ele para seu filho lá dentro. Em seguida, chamar as
crianças na sala de reunião. Cada pai deve dar sua concha de presente para o
filho.
- Cardume final: Para encerrar, uma
dança circular com todos – educadores, pais e crianças – ao som da canção
Peixinhos do Mar.
“Quem me ensinou a nadar?
Quem me ensinou a nadar?
Foi, foi, marinheiro,
Foi os peixinhos do mar...”
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