O exercício aconteceu em duplas.
Cada pessoa deveria contar para seu colega uma cena de conflito que havia
vivido, ou uma crítica que havia recebido. Depois, foi a vez da pessoa que
contou o episódio pensar em uma nova forma de fazer uma crítica ou de conversar
com a pessoa com a qual ele havia tido o conflito.
Esta fala reformulada
deveria contemplar algumas coisas:
- falar a partir do eu: quem está
falando deve procurar expressar seus sentimentos (mesmo os negativos, como
tristeza e irritação – isso é integridade!)
- retomar para seu interlocutor o
evento ou fato que causou descontentamento
- propor uma solução prática e
positiva para a questão, ao invés de apenas expressar sua raiva ou expor seus
pontos negativos.
Por exemplo, uma frase como:
“Será que eu sempre tenho que fazer
tudo, enquanto tem gente que não faz nada?”
Neste exercício, ela poderia ser retrabalhada
da seguinte maneira (esse é apenas um exemplo hipotético):
“ Eu estou me sentindo
sobrecarregado(a) por causa daquele momento em que você [citar o nome da
pessoa, falar diretamente para ela] faltou para resolver problemas pessoais, me
deixando sozinho(a) com a classe. Esse fato me deixou triste e com raiva. Por
isso, eu gostaria de pedir para você resolver essas questões nos
horários livres, ou então avisar com antecedência que vai faltar, para que eu
possa pedir ajuda para outra pessoa da equipe.”
Perceberam como muda bastante? A pessoa que
fala nem está engolindo sua insatisfação nem está despejando sua raiva sobre o
colega; ela está tentando um outro caminho, expondo seus sentimentos de
irritação, pontuando o que não gostou com clareza, e propondo uma solução.
Essas ferramentas, e muitas outras, tem a ver com os princípios da comunicação não-violenta.
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