quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dinâmica: Diálogo para resolução de conflitos


 No encontro sobre empatia do Líderes do Coração no CEI Milton Santos, um dos temas importantes foi o da resolução de conflitos. Não só porque era algo que o grupo vinha trazendo, mas também porque a empatia tem a ver com a resolução de conflitos. E considerando que a comunicação empática e não-violenta é uma ferramenta poderosa para a criação de relacionamentos mais saudáveis e ambientes mais harmônicos, resolvemos facilitar esta dinâmica no encontro.

O exercício aconteceu em duplas. Cada pessoa deveria contar para seu colega uma cena de conflito que havia vivido, ou uma crítica que havia recebido. Depois, foi a vez da pessoa que contou o episódio pensar em uma nova forma de fazer uma crítica ou de conversar com a pessoa com a qual ele havia tido o conflito. 

Esta fala reformulada deveria contemplar algumas coisas:

- falar a partir do eu: quem está falando deve procurar expressar seus sentimentos (mesmo os negativos, como tristeza e irritação – isso é integridade!)
- retomar para seu interlocutor o evento ou fato que causou descontentamento
- propor uma solução prática e positiva para a questão, ao invés de apenas expressar sua raiva ou expor seus pontos negativos.

Por exemplo, uma frase como:

“Será que eu sempre tenho que fazer tudo, enquanto tem gente que não faz nada?”

Neste exercício, ela poderia ser retrabalhada da seguinte maneira (esse é apenas um exemplo hipotético):

“ Eu estou me sentindo sobrecarregado(a) por causa daquele momento em que você [citar o nome da pessoa, falar diretamente para ela] faltou para resolver problemas pessoais, me deixando sozinho(a) com a classe. Esse fato me deixou triste e com raiva. Por isso, eu gostaria de pedir para você resolver essas questões nos horários livres, ou então avisar com antecedência que vai faltar, para que eu possa pedir ajuda para outra pessoa da equipe.”

 Perceberam como muda bastante? A pessoa que fala nem está engolindo sua insatisfação nem está despejando sua raiva sobre o colega; ela está tentando um outro caminho, expondo seus sentimentos de irritação, pontuando o que não gostou com clareza, e propondo uma solução. Essas ferramentas, e muitas outras, tem a ver com os princípios da comunicação não-violenta.

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