A conversa profunda é uma ótima ferramenta na facilitação
de grupos e na vida em geral, pois ela ajuda a fortalecer vínculos e resolver
conflitos. Deu para perceber que esta dinâmica nada mais é do que uma boa
conversa, que pode acontecer em qualquer lugar e ocasião, e que pode (deve!)
tornar-se parte da nossa vida.
Para ajudar a conversa a ser mais rica, criamos alguns
combinados que devem nortear a dinâmica: ritualizar, ouvir com empatia, falar
com o coração e aprofundar.
Ritualizar
Ritualizar uma conversa é uma forma de valorizar o momento
de fala de cada um. Isso pode ser feito por meio de ações bem simples como:
- estabelecer um “bastão da fala”, ou seja, um objeto que
tem a função de “dar a vez da fala” para qualquer pessoa da roda. Esse bastão
da fala pode ser, inclusive, algo que tenha a ver com quem vai falar.
- dar uma pausa para se concentrar antes de começar a
falar, respirando ou fechando os olhos por um instante.
Ouvir com empatia
Em uma conversa profunda, é importante ouvir o outro com
interesse e empatia. Olhar nos olhos do seu interlocutor é uma boa forma de
mostrar para ele que você está prestando atenção, o que pode ajudá-lo a se
sentir mais à vontade. É importante lembrar que, enquanto escutamos alguém contar
uma situação vivida ou falar de seus sentimentos, não devemos analisar suas
ações ou julgar suas escolhas. Afinal, ouvir com empatia significa procurar se
colocar no lugar da pessoa, com todo o respeito.
Falar com o coração
Uma conversa profunda abarca quaisquer assuntos: alegres e
tristes, cotidianos e existenciais, enfim, qualquer tema que estiver vivo no
momento. O importante é que cada pessoa, na sua vez de falar, procure ser
verdadeira e contar aquilo que está se passando com ela. Isso tem tudo a ver
com o próximo passo...
Aprofundar
Uma conversa pode ser longa e cheia de assuntos e nem assim
ser profunda. Aprofundar, no nosso exercício, significa falar o que é essencial
e o que está vivo, não importa o que seja. Por isso, essa dinâmica é
desafiadora tanto para aqueles que são muito extrovertidos, pois correm o risco
de tagarelar muito e ficar na superfície dos assuntos, quanto para os que são
introvertidos, pois tem o desafio de vencer a barreira da timidez e se expor.
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