quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Discurso de Nelson Mandela


No nosso último encontro, sobre integridade, que foi também um encerramento da jornada deste ano, com muitas trocas e conversas, nós compartilhamos um texto muito inspirador de Nelson Mandela:

"Nosso medo mais profundo não é o de que sejamos incapazes. Nosso medo mais profundo é o de que sejamos poderosos além da conta. É a nossa luz, não as nossas trevas, o que mais nos apavora. Nós nos perguntamos: Quem sou eu para ser Brilhante, Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso? Na realidade, quem é você para não ser tudo isso? Você é filho de Deus. Se fazer pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de iluminado em se encolher, para que os outros não se sintam inseguros ao seu lado. Nascemos para brilhar como as crianças o fazem. Nascemos todos para manifestar a glória do universo que está dentro de nós. Não está apenas em alguns de nós: mas em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, liberta os outros."  (Nelson Mandela - discurso de posse da presidência da África do Sul, 1994)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Metade de mim é amor...E a outra metade também

Enquanto não postamos o nosso último encontro, que aconteceu no dia 24 de novembro e que teve como tema a Integridade, vamos deixar aqui a letra de Metade, de Oswaldo Montegro, que a Márcia e a Joseane nos apresentaram no final do último encontro. É linda! Confiram!

Metade - Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio


Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.